sexta-feira, 30 de agosto de 2013

41 - JON


- São os rapazes mais incapazes que já treinei - anunciou Sor Alliser Thorne depois de se reunirem todos no pátio. - Suas mãos foram feitas para pegar em pás de recolher estrume, não em espadas, e se dependesse de mim, iriam todos criar porcos. Mas ontem à noite me foi dito que Gueren traz cinco rapazes novos pela Estrada do Rei. Um ou dois podem até valer o preço de um mijo. Para abrir lugar para eles, decidi passar oito de vocês ao Senhor Comandante, para que faça de vocês o que bem entenda - chamou pelos nomes um a um. - Sapo. Cabeça Dura. Auroque. Amante. Borbulha. Macaco. Sor Vadio - por fim, olhou para Jon. - E o bastardo. Pyp soltou um uuup, e espetou a espada no ar. Sor Alliser fitou-o com um olhar de réptil.
- Vão se chamar agora homens da Patrulha da Noite, mas se acreditarem nisso, são tolos maiores ainda do que o Macaco de Saltimbanco. Ainda são rapazes, verdes e fedendo a verão, mas quando o inverno vier, morrerão como moscas - e com aquilo Sor Alliser Thorne retirou-se.
Os outros rapazes reuniram-se em torno dos oito que tinham sido nomeados, rindo, praguejando e dando-lhes os parabéns. Halder deu uma pancada no traseiro de Sapo com o lado da espada e gritou:
- O Sapo, da Patrulha da Noite!
Gritando que um irmão negro precisava de um cavalo, Pyp saltou para os ombros de Grenn e caíram ambos ao chão, rolando, aos socos e aos gritos. Dareon precipitou-se para o armeiro e regressou com um odre de tinto amargo. Enquanto passavam o vinho de mão em mão, sorrindo como idiotas, Jon reparou em Samwell Tarly, que estava sozinho debaixo de uma árvore morta sem folhas, a um canto do pátio. Ofereceu-lhe o odre.
- Um trago de vinho?
Sam abanou a cabeça.
- Não, obrigado, Jon.
- Você está bem?
- Muito bem, garanto - mentiu o rapaz gordo. - Estou feliz por todos vocês - a face redonda tremeu quando forçou um sorriso. - Um dia você será Primeiro Patrulheiro, tal como era o seu tio.
- Tal como é - corrigiu Jon. Não aceitava que Benjen Stark estivesse morto. Antes de poder dizer mais, Halder gritou:
- Dê aqui, pensa que vai beber tudo sozinho? - Pyp arrancou-lhe o odre da mão e afastou-se dançando, rindo. Enquanto Grenn lhe agarrava o braço, Pyp deu um apertão no odre e um fino jato vermelho esguichou na cara de Jon. Halder, que urrou em protesto contra o desperdício do bom vinho. Jon cuspiu e debateu-se. Matthar e Jeren subiram no muro e começaram a jogar bolas de neve em todos eles. Quando conseguiu se libertar, com neve nos cabelos e manchas de vinho na capa, Samwell Tarly tinha desaparecido.
Nessa noite, o Hobb Três Dedos cozinhou para os rapazes uma refeição especial a fim de marcar a ocasião. Quando Jon chegou à sala comum, foi o próprio Senhor Intendente que o levou para o banco junto ao fogo. Os homens mais velhos deram-lhe palmadas no braço quando passou por eles. Os oito que em breve seriam irmãos banquetearam-se com uma peça de cordeiro assada em crosta de alho e ervas, guarnecida com raminhos de menta e rodeada com purê de nabo nadando em manteiga.
- Da mesa do próprio Senhor Comandante - disse-lhes Bowen Marsh. Havia saladas de espinafre, grão-de-bico e nabos-redondos, e de sobremesa, tigelas de amoras silvestres geladas e creme doce.
- Acham que vão nos manter juntos? - Pyp quis saber enquanto se empanturravam com todo o gosto.
Sapo fez uma careta.
- Espero que não. Estou farto de olhar para essas suas orelhas.
- Ah - disse Pyp. - Vejam o corvo chamando o melro de preto. Você será com certeza um patrulheiro, Sapo. Vão querê-lo tão longe do castelo quanto for possível. Se Mance Rayder atacar, levante a viseira e mostre-lhe sua cara, ele há de fugir aos gritos.
Todos riram, menos Grenn.
- Espero que eu me torne patrulheiro.
- Você e todo mundo - disse Matthar. Todos os homens que vestiam negro percorriam a Muralha, e esperava-se de todos que estivessem prontos para lidar com aço na sua defesa, mas os patrulheiros eram o verdadeiro coração lutador da Patrulha da Noite. Eram eles que se atreviam a patrulhar para lá da Muralha, percorrendo a Floresta Assombrada e as geladas altitudes da montanha a oeste da Torre Sombria, lutando contra selvagens, gigantes e monstruosos ursos das neves.
- Nem todos - disse Halder. - Para mim são os construtores. De que serviriam os patrulheiros se a Muralha caísse?
A Ordem dos Construtores fornecia pedreiros e carpinteiros para reparar fortalezas e torres, mineiros para escavar túneis e esmagar pedra para estradas e caminhos, lenhadores para limpar as novas árvores sempre que a floresta se aproximava demais da Muralha. Uma vez, dizia-se, tinham cortado imensos blocos de gelo de lagos congelados, bem no interior da Floresta Assombrada, arrastando-os para o sul em trenós para que a Muralha pudesse ser erguida ainda mais. Mas esses dias tinham terminado havia séculos; agora, tudo o que podiam fazer era percorrer a Muralha de Atalaialeste até a Torre Sombria, em busca de fendas ou sinais de degelo, e realizar os reparos que conseguissem.
- O Velho Urso não é nenhum tolo - observou Daeron. - Você será com certeza construtor, e Jon será certamente patrulheiro. É, de todos nós, o melhor espadachim e o melhor cavaleiro, e o tio foi o primeiro antes de... - sua voz sumiu, de forma desajeitada, quando ele percebeu o que quase ia dizendo.
- Benjen Stark ainda é Primeiro Patrulheiro - disse-lhe Jon Snow, brincando com sua tigela de amoras silvestres. Os outros podiam ter desistido de toda a esperança de que o tio regressasse são e salvo, mas ele não. Afastou as amoras, quase sem tocá-las, e levantou-se do banco.
- Não vai comer isso? - Sapo perguntou.
- São suas - Jon quase não saboreara o grande festim de Hobb. - Não consigo dar nem mais uma dentada - tirou o manto do gancho perto da porta e abriu caminho para fora.
Pyp o seguiu.
- Jon, o que se passa?
- O Sam - admitiu. - Esta noite não esteve à mesa.
- Não é do feitio dele faltar a uma refeição - Pyp disse pensativamente. - Acredita que tenha adoecido?
- Está assustado. Estamos o abandonando - recordou o dia em que deixou Winterfell, todas as despedidas agridoces; Bran que jazia todo quebrado, Robb com neve nos cabelos, Arya fazendo chover beijos sobre ele depois de lhe dar Agulha. - Depois de fazermos nossos votos, teremos todos deveres a cumprir. Alguns de nós poderão ser enviados para longe, para Atalaialeste, ou para a Torre Sombria. Sam continuará em treino, com gente como Rast, Cuger e esses rapazes novos que vêm aí pela Estrada do Rei. Só os deuses sabem como serão, mas pode apostar que Sor Alliser vai colocá-los contra ele na primeira oportunidade que tiver.
Pyp fez uma careta.
- Você fez o que podia.
- O que podíamos fazer não bastou - Jon respondeu.
Tinha em si um profundo desassossego quando regressou à Torre de Hardin para buscar Fantasma. O lobo gigante caminhou ao seu lado até os estábulos. Alguns dos cavalos mais nervosos escoicearam as baias e abaixaram as orelhas quando eles entraram. Jon colocou a sela na sua égua, montou e cavalgou para fora de Castelo Negro, dirigindo-se para o sul na noite iluminada pela lua. Fantasma correu à sua frente, voando sobre o solo, desaparecendo num piscar de olhos. Jon o deixou ir. Um lobo precisa caçar. Não tinha nenhum destino em mente. Só queria cavalgar.
Seguiu o riacho durante algum tempo, escutando o gotejar
gelado da água sobre as pedras, e depois cortou pelos campos até a Estrada do Rei. Estendia-se à sua frente, estreita, pedregosa e marcada por ervas daninhas, uma estrada que não prometia nada de especial, mas o fato de vê-la encheu Jon Snow de uma imensa saudade. Aquela estrada ia dar em Winterfell, e depois em Correrrio, Porto Real e Ninho da Águia, e em tantos outros lugares, o Rochedo Casterly, as Ilhas das Caras, as montanhas vermelhas de Dorne, as cem ilhas de Bravos, no mar, as ruínas fumegantes da velha Valíria. Todos os lugares que Jon nunca veria. Chegava-se ao mundo por aquela estrada... e ele estava ali.
Uma vez feitos os votos, a Muralha seria seu lar até ficar velho como Meistre Aemon.
- Ainda não os fiz - murmurou. Não era nenhum fora da lei, obrigado a vestir o negro ou pagar o preço pelos seus crimes. Tinha vindo para ali livremente, e assim poderia partir... até dizer as palavras. Só precisava avançar, e deixaria tudo para trás. Quando a lua cheia voltasse, estaria de novo em Winterfell com os irmãos.
Com os meios-irmãos, lembrou-lhe uma voz interior. E com a Senhora Stark, que não te dará as boas-vindas. Não havia lugar para ele em Winterfell, e também não o havia em Porto Real. Nem sequer a própria mãe tivera lugar para ele. Pensar nela o deixou triste. Quis saber quem ela era, qual o seu aspecto, por que motivo o pai a abandonara. Porque era uma prostituta ou uma adúltera, palerma. Qualquer coisa escura e desonrosa, caso contrário, por que teria Lorde Stark tanta vergonha de falar dela?
Jon Snow virou as costas à Estrada do Rei para olhar para trás. Os fogos de Castelo Negro estavam escondidos por detrás de uma colina, mas via-se a Muralha, clara sob a lua, vasta e fria, correndo de horizonte a horizonte. Fez o cavalo dar meia-volta e dirigiu-se para casa.
Fantasma regressou no momento em que ultrapassava uma elevação e via o distante brilho de uma lamparina na Torre do Senhor Comandante. Enquanto o lobo gigante trotava ao lado do cavalo, viu que tinha o focinho vermelho de sangue.
Depois, deu por si pensando de novo em Samwell Tarly. Ao chegar aos estábulos, já sabia o que devia fazer. Os aposentos de Meistre Aemon ficavam numa sólida torre de madeira sob o viveiro dos corvos. Idoso e frágil, ele partilhava a habitação com dois dos intendentes mais novos, que atendiam às suas necessidades e o ajudavam a desempenhar seus deveres. Os irmãos gracejavam, dizendo que lhe tinham sido atribuídos os dois homens mais feios da Patrulha da Noite; como era cego, era poupado de ter de olhar para eles.
Clydas era baixo, calvo e sem queixo, com pequenos olhos cor-de-rosa como uma toupeira. Chett tinha um quisto no pescoço do tamanho de um ovo de pombo, e uma cara vermelha com furúnculos e espinhas. Talvez fosse por isso que parecia sempre tão zangado.
Foi Chett quem respondeu ao toque de Jon.
- Preciso falar com Meistre Aemon - disse-lhe Jon.
- O meistre está na cama, tal como você devia estar. Volta de manhã e ele talvez o receba - e começou a fechar a porta.
Jon pôs a bota na soleira, mantendo-a aberta.
- Preciso falar com ele agora. De manhã será tarde demais.
Chett franziu as sobrancelhas.
- O meistre não está habituado a ser acordado durante a noite. Sabe que idade ele tem?
- Idade suficiente para tratar os visitantes com mais educação do que você - disse Jon. - Transmita-lhe as minhas desculpas. Não perturbaria seu descanso se não fosse importante.
- E se eu recusar?
Jon tinha a bota solidamente apoiada contra a porta.
- Posso ficar aqui a noite inteira se for preciso.
O irmão negro fez um som de repugnância e abriu a porta para deixá-lo entrar.
- Espere na biblioteca. Há lenha. Acenda o fogo. Não quero que o meistre apanhe um resfriado por sua causa.
Jon já tinha a lenha estalando animadamente quando Chett fez entrar Meistre Aemon. O velho vinha vestido com seu roupão de cama, mas em torno da garganta trazia o colar de correntes da sua Ordem. Um meistre não o tirava nem mesmo para dormir.
- A cadeira junto ao fogo seria agradável - disse ao sentir o calor na face. Depois de estar confortavelmente instalado, Chett cobriu-lhe as pernas com uma pele e foi para junto da porta.
- Lamento tê-lo acordado, meistre - disse Jon Snow.
- Não me acordou - respondeu Meistre Aemon. - Descobri que fui necessitando de menos sono à medida que fui envelhecendo, e já envelheci muito. É frequente passar metade da noite na companhia de fantasmas, recordando tempos idos há cinquenta anos como se tivessem sido ontem. O mistério de um visitante da meia-noite é uma diversão bem-vinda. Por isso, diga-me, Jon Snow, por que veio falar comigo a esta estranha hora?
- Para pedir que Samwell Tarly seja tirado dos treinos e admitido como irmão da Patrulha da Noite.
- Isto não diz respeito ao Meistre Aemon - Chett protestou.
- Nosso Senhor Comandante pôs o treino dos recrutas nas mãos de Sor Alliser Thorne - disse o meistre com gentileza. - Só ele pode dizer quando um rapaz está pronto para fazer seus votos, como seguramente você já sabe. Por que então veio me procurar?
- O Senhor Comandante escuta o que o senhor tem a dizer - disse-lhe Jon. - E os feridos e doentes da Patrulha da Noite estão a seu cargo.
- E está o seu amigo Samwell ferido ou doente?
- Ficará - garantiu Jon - a menos que o ajude.
E contou-lhe tudo, até a parte quando incitara Fantasma à garganta de Rast. Meistre Aemon escutou em silêncio, de olhos cegos fitos no fogo, mas o rosto de Chett foi se fechando a cada palavra.
- Sem nós para mantê-lo em segurança, Sam não terá nenhuma chance - Jon terminou. - Ele é absolutamente incapaz com uma espada na mão. Minha irmã Arya poderia desfazê-lo, e ela sequer tem dez anos. Se Sor Alliser o fizer lutar, é só questão de tempo até ser ferido ou morto.
Chett não aguentou mais.
-Já vi esse rapaz gordo na sala comum - disse. - Ele é um porco, e se o que diz for verdade, é também um irremediável covarde.
- Talvez o seja - disse Meistre Aemon. - Diga-me, Chett, o que sugere que façamos com um rapaz destes?
- Deixe-o onde está - Chett respondeu. - A Muralha não é lugar para os fracos. Que ele treine até estar preparado, e não importa quantos anos sejam necessários. Sor Alliser fará dele um homem ou o matará, conforme a vontade dos deuses.
- Isso é estúpido - disse Jon. Inspirou profundamente para ordenar os pensamentos. - Lembro-me de que há algum tempo perguntei a Meistre Luwin por que usava uma corrente em volta da garganta.
Meistre Aemon tocou ligeiramente seu colar, fazendo passar os dedos ossudos e enrugados pelos pesados elos de metal.
- Continue.
- Ele me disse que um colar de meistre é feito de elos para lembrá-lo de seu juramento de servir - disse Jon, recordando. - Perguntei por que cada elo era feito de um metal diferente. Disse-lhe que uma corrente de prata combinaria muito melhor com a sua toga cinza. Meistre Luwin deu risada. Disse-me que um meistre forja sua corrente com o estudo. Cada um dos diferentes metais representa um tipo diferente de aprendizagem: o ouro é o estudo do dinheiro e das contas, a prata são as artes curativas, o ferro, as da guerra. E disse que havia também outros significados. O colar seria para recordar a um meistre o reino que serve, não é assim? Os Senhores são o ouro e os cavaleiros, o aço, mas dois aros não podem fazer uma corrente. Também é necessária a prata, o ferro e o chumbo, o estanho, o cobre, o bronze e todo o resto, e esses são os agricultores, ferreiros, mercadores e demais tipos de pessoas. Uma corrente precisa de todos os tipos de metais, e uma terra precisa de todos os tipos de pessoas.
Meistre Aemon sorriu.
- E então?
- A Patrulha da Noite também precisa de todos os tipos de pessoas. De outro modo, por que haveria patrulheiros, intendentes e construtores? Lorde Randyll não foi capaz de transformar Sam num guerreiro, e Sor Alliser também não será. Não é possível martelar o estanho e transformá-lo em ferro, por mais força que se ponha no martelo, mas isso não significa que o estanho seja inútil. Por que não haverá Sam de ser um intendente?
Chett franziu uma sobrancelha, irritado.
- E u sou um intendente. Pensa que é trabalho fácil, próprio para covardes? A Ordem dos Intendentes mantém a patrulha viva. Caçamos e cultivamos, tratamos dos cavalos, ordenhamos as vacas, recolhemos lenha, cozinhamos as refeições. Quem você pensa que faz as suas roupas? Quem traz abastecimentos do sul? Os intendentes.
Meistre Aemon foi mais gentil.
- Seu amigo é um caçador?
- Ele detesta caçar - Jon teve que admitir.
- E capaz de arar um terreno? - perguntou o meistre. - Sabe conduzir uma carroça ou navegar num navio? Seria capaz de matar uma vaca?
-Não.
Chett soltou uma gargalhada desagradável.
-Já vi o que acontece aos fidalgos moles quando são postos para trabalhar. Mandem-nos fazer manteiga, as mãos se enchem de bolhas e começam a sangrar. Dêem-lhes um machado para partir lenha, eles cortam o próprio pé.
- Eu sei de uma coisa que Sam poderia fazer melhor que ninguém.
- Sim? - disse Meistre Aemon.
Jon lançou um olhar cauteloso a Chett, que estava junto à porta, com os furúnculos vermelhos e zangado.
- Ele podia ajudá-lo - disse rapidamente. - Sabe fazer conta, e sabe ler e escrever. Sei que Chett não sabe ler, e Clydas tem olhos fracos. Sam leu todos os livros da biblioteca do pai. Também seria bom com os corvos. Os animais parecem gostar dele. Fantasma o adotou logo. Há muito que ele pode fazer além de lutar. A Patrulha da Noite precisa de todos os homens. Para que matar um sem justificativa? Em vez disso, por que não usá-lo?
Meistre Aemon fechou os olhos, e por um breve momento Jon temeu que tivesse adormecido. Por fim, ele disse:
- Meistre Luwin o ensinou bem, Jon Snow. Parece que sua mente é tão hábil como sua espada.
- Isso quer dizer que...?
- Quer dizer que vou pensar no que disse - o meistre respondeu firmemente. - E agora creio que estou pronto para dormir. Chett, acompanhe nosso jovem irmão até a porta.  

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