segunda-feira, 8 de julho de 2013

POLLYANNA - Capítulo XXXI - Um novo tio


Na próxima vez que o doutor Warren entrou no quarto, onde Pollyanna estava deitada observando os reflexos do arco-íris no teto, um homem alto e de ombros largos seguia atrás dele.
– Doutor Chilton! Oh, doutor Chilton, como estou contente em vê-lo por aqui, – gritou Pollyanna. E diante da alegria daquelas palavras, os olhos de todos no quarto se encheram de lágrimas. – Mas claro, se a tia Polly não quiser...
– Está tudo bem, minha querida, não se preocupe, – atalhou Miss Polly agitada, aproximando-se da cama. – Hoje de manhã, eu disse ao doutor Chilton que eu queria que ele a examinasse junto com o doutor Warren.
– Ah, então foi a senhora que pediu para ele vir me ver? – murmurou Pollyanna cheia de contentamento.
– Sim querida, eu pedi. Isto é... – mas já era tarde demais.
A alegria que, de repente, tinha enchido os olhos do doutor Chilton era inconfundível e Miss Polly já tinha percebido. Muito corada virou-se e deixou o quarto apressadamente. Junto à janela, a enfermeira e o doutor Warren falavam muito sérios. O doutor Chilton estendeu as duas mãos para Pollyanna.
– Minha menina, acho que uma das coisas que pode dar mais alegria para alguém foi o que fizeste hoje, – disse ele com a voz trêmula de emoção.
À tarde, depois que os médicos se retiraram, uma Miss Polly completamente diferente entrou no quarto. Elas estavam a sós.
– Pollyanna, minha querida, vais ser a primeira pessoa a saber. Um dia, o doutor Chilton será seu tio. E foi você que conseguiu tudo isso. Oh, Pollyanna, estou tão contente! E tão feliz, minha querida!
Pollyanna começou a bater palmas, mas parou.
– Tia Polly! Então era a senhora que ele queria há tantos anos? Tenho certeza que era! E era isso que ele queria dizer quando disse que eu, hoje, havia dado a maior alegria para alguém. Estou tão contente! Estou tão contente que agora não me importo com nada, nem com as minhas pernas!
A tia Polly conteve o choro.
– Talvez, algum dia, minha querida... – Mas a tia Polly não concluiu. Não se atreveu a contar, ainda, as grandes esperanças que o doutor Chilton tinha colocado no seu coração. Mas disse o seguinte que soou maravilhoso aos ouvidos de Pollyanna:
– Pollyanna, na semana que vem você vai fazer uma viagem. Vamos levá-la com todo o conforto a um médico que tem uma grande clínica a alguns quilômetros daqui, e que se dedica a cuidar de pessoas com a tua doença. Ele é um grande amigo do doutor Chilton e vamos ver o que ele pode fazer por você!

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