Querida tia Polly e tio Tom:
Oh, eu posso – eu já posso caminhar! Hoje eu caminhei da minha cama até a janela! Foram seis passos. Meu Deus, como é bom estar de pé outra vez.
Todos os médicos estavam em volta e as enfermeiras choravam. Uma senhora da enfermaria ao lado, que esta semana andou pela primeira vez, veio espiar, e uma outra que espera poder caminhar dentro de um mês, também foi convidada para a festa. Até Tilly, a mulher da limpeza, me olhava pela janela e dizia “linda menina” quando conseguia deixar de chorar.
Não sei porque eles choravam. Eu só queria cantar e gritar: Olhem! Eu posso caminhar – caminhar! Agora já não me importo de estar aqui faz quase dez meses, porque, de qualquer modo, eu não perdi o casamento. A tia Polly foi muito querida em vir aqui e se casar ao lado da minha cama, para eu poder assistir. A senhora sempre se lembra das coisas que me dão muita alegria.
Eles dizem que em breve poderei voltar para casa. Quem me dera poder ir a pé até aí. Acho que nunca mais vou querer andar de carro. Vai ser tão bom andar a pé. Estou tão contente! Estou contente por tudo. Estou contente até de ter perdido as minhas pernas por um tempo, pois só quem já perdeu as pernas sabe o valor que elas têm.
Amanhã eu vou andar oito passos.
Com montanhas de amor para todos,
POLLYANNA
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